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domingo, 4 de abril de 2010

Redes sociais: overdose?


Com certeza, as pessoas mais conectadas recebem semanalmente convites para novas redes sociais. Depois do estrondoso sucesso do Orkut no Brasil e da compra do MySpace nos Estados Unidos, as redes socais despertaram a curiosidade e o interesse de agências e investidores.

No Brasil, por exemplo, temos a Via6, focada em organização de conteúdo, visando contatos profissionais e ocupando o terceiro lugar, que recebeu aporte de capital de risco no início de 2007. Há ainda o Ikwa, voltado para pessoas em busca da realização profissional, que recebeu o primeiro aporte em novembro de 2006. Outro exemplo nacional é o descolando!, voltado para alunos universitários que querem descobrir como é cada professor, o que contribui ao montar a grade de horários do semestre.

Há espaço para diversas redes? Sim, desde que essa rede deixe claro qual o ganho do usuário, pois este investirá seu tempo na confecção de um perfil, procurando pessoas e convidando amigos, mas somente se perceber que receberá algo em troca, algo maior que o tempo investido. Por exemplo, as redes citadas são voltadas para o desenvolvimento profissional, mas em momentos diferentes da vida do usuário, uma o ajuda a decidir sobre qual carreira a seguir (ikwa), outra, enquanto se gradua para essa carreira (descolando) e o terceiro a montar seu portfolio e estabelecer um networking (via6). Para quem precisa ou, simplesmente, deseja se relacionar com contatos internacionais, há também o linkedin. Além disso, quem quiser praticar a língua inglesa, pode participar do My English Club , uma rede muito utilizada por milhares de usuários de diversas partes do mundo que buscam o mesmo fim: comunicar-se em inglês.

Existem também redes muito interessantes voltadas para o entretenimento, como o last.fm para quem gosta de música: lá, você pode ver o que seus amigos estão ouvindo e descobrir que artistas são os mais ouvidos no momento. Seguindo essa lógica, redes para filmes, livros e outros produtos culturais têm um potencial grande para o sucesso. O problema é que diferente da música, redes baseadas em outros ítens dependeriam exclusivamente da entrada de dados dos participantes, o que reduz significativamente o apelo de adesão de uma rede dessas.

Mas, se você tem uma ideia mirabolante para criar uma nova rede social, não precisa investir milhões em desenvolvimento, basta criar sua própria rede social na plataforma Ning, lá por exemplo foi criada a rede para o StartupCampBrazil, onde os participantes se inscreveram para conhecer melhor uns aos outros antes do encontro físico, e os organizadores puderam acompanhar o interesse dos usuários antes, durante e depois do evento.

Outra forma é se aproveitar de uma rede já existente criando uma aplicação no Facebook, quando o usuário instala a aplicação, ela acessa seus dados e sua lista de amigos. Aplicações para comparar gostos cinematográficos e literários estão entre as mais utilizadas, e aplicações onde existe uma disputa entre exércitos de ninjas, piratas, vampiros e zumbis seguem arrebanhando seguidores e colecionando dados que provavalmente vão servir de base para muitas campanhas publicitárias em breve. Mas nem tudo é marketing terrorista no Facebook, colocar todos os meus perfis num único lugar é um sonho que a Google já está a um passo de realizar, uma vez que já une perfis, e-mails, docs, a rede (Google Buzz) e outros aplicativos.

É relevante lembrar que muitos acabam "sendo levados" para determinadas redes sem saber, uma vez que estas enviam convites para seus contatos, como se a própria pessoa tivesse enviado. Basta um clique para fazer parte dessas redes. Várias redes são criadas todos os dias no Brasil ou em outros países mas, antes de desenvolver uma aplicação ou uma rede social, pergunte-se: Qual a cola que irá unir esses usuários? É fácil reunir todos para trocar figurinhas, ou admirar as fotos dos amigos (como ocorre no flickr). Entretanto, é necessário que haja algum diferencial em cada rede para que usuários façam parte dela.

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